Como as uvas viram vinho rosé?
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Os vinhos rosés são geralmente elaborados a partir de variedades de uvas tintas, como a Grenache, na França, e a Zinfandel, na Califórnia.
Mas como essas uvas viram vinho rosé, e não vinho tinto?
Não existe uma “receita única” para produzir vinho rosé. Sempre depende da estratégia do enólogo, e daquilo que se pretende para o vinho.
Conheça, em linhas gerais, como são os diferentes métodos de produção do vinho rosé:
Maceração curta
Chamamos maceração todo o período em que a parte sólida das uvas permanece em contato com o mosto. A maceração curta define bem o que é um vinho rosé: um meio termo entre um vinho tinto (que passa por longa maceração, de dias ou semanas), e um vinho branco (no qual o tempo de maceração não dura mais do que o tempo da prensagem). Os vinhos rosés produzidos por esse método costumam ter tempo de maceração entre 6 e 24 horas. O processo de maceração está explicado aqui, na vinificação do vinho tinto.
Compressão direta
Por esse método, as uvas tintas são vinficadas da mesma forma que as uvas brancas, sendo prensadas assim que chegam à vinícola. Para conhecer esse processo, clique aqui, na vinificação do vinho branco.
Sangria
Método muito utilizado no Vale do Napa, na Califórnia. O vinho rosé produzido dessa maneira é, na verdade, um subproduto da produção de vinho tinto. Durante a fermentação de um vinho tinto, pode-se drenar cerca de 10% do suco, de maneira a produzir um tinto com aromas e sabores mais concentrados. O líquido desta drenagem, ou sangria, é então fermentado, produzindo rosé. Os vinhos produzidos com o método de sangria costumam ser rosés tipicamente mais escuros e mais alcoólicos.
Corte de vinho
Nesse processo, misturam-se vinho tinto e vinho branco já vinificado, após a fermentação. Ao contrário do que é dito e repetido, o Champagne rosé não é produzido por esse método, e, sim, pela maceração curta (num limite de até 72 horas). Para saber como são feitos os vinhos espumantes, clique aqui.
Mistura de uvas
Cada vez menos utilizado, esse método consiste na mistura de uvas brancas e tintas, antes da fermentação. É um método de difícil controle, e o resultado dos vinhos produzidos por esse método costuma ser duvidoso.
O vinho rosé, definitivamente, está “entrando na moda”. Nada melhor, então, que entender mais sobre ele...
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